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CAMPO DE OURIQUE A PÉ
Casa Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1888.
Escreveu desde muito jovem, sem quase ter publicado durante a sua vida. Acumulou mais de 25 mil manuscritos e textos datilografados com poesia, contos, peças de teatro, traduções e escritos de outra natureza, numa arca cujo conteúdo apenas viria a ser conhecido após a sua morte, ocorrida a 30 de Novembro de 1935.Utilizou dezenas de nomes, alguns dos quais designou como heterónimos, sendo os mais conhecidos “Alberto Caeiro”, “Ricardo Reis” e “Álvaro de Campos". A obra deste autor, que considerava que ser poeta não era uma profissão, mas sim uma vocação, fez dele um poeta maior do Modernismo literário e um dos mais eloquentes artífices da língua portuguesa. A Casa Fernando Pessoa é a casa que foi habitada pelo escritor nos últimos 15 anos de vida.Apresenta uma exposição sobre a vida e obra do poeta e uma biblioteca especializada em poesia mundial.É um lugar onde a memória do autor se abre hoje a um espaço de criação literária, leitura, e dinamismo cultural do bairro de Campo de Ourique.
Endereço:
Rua Coelho da Rocha, 16-18
Campo de Ourique
1250-088 Lisboa
Tel.: +351 213 913 270 (Chamada para a rede fixa nacional)
E-mail: info@casafernandopessoa.pt
Endereço:
R. Luís Derouet 20A
Campo de Ourique
Tel.: +351 21 362 0464 (Chamada para a rede fixa nacional)
Padaria do Povo
A Padaria do Povo, foi inaugurada a 17 de outubro de 1904, por iniciativa do Rei d. Carlos, com o objetivo de fabricar pão a preços acessíveis para os residentes do bairro.
Em 1919, António Ferreira de Macedo e Bento de Juses Caraça fundaram a Universidade Popular, inicialmente instalada em salas cedidas cedidas pela cooperativa da padaria do Povo.
Atualmente , a Padaria do Povo funciona como restaurante e café, ainda com preço acessíveis. O espaço também promove atividades culturais e recreativas, como exposição, teatro e aulas de música, consolidando-se como um vibrante centro artístico- cultural.
Quartel
O Quartel foi a primeira construção em Campo de Ourique, no ano de 1762. Originalmente construído para abrigar tropas e garantir a segurança da região, o edifício teve um papel importante no contexto militar, tendo saído deste quartel um batalhão para apoiar as forças republicanas na Rotunda, em 1910.
Com o passar do tempo e as transformações urbanas, o espaço deixou de ter a função exclusiva de quartel, adaptando-se à nova realidade do bairro. Hoje, o Quartel preserva vestígios do seu passado enquanto acolhe iniciativas culturais e comunitárias, integrando-se harmoniosamente na paisagem moderna de Campo de Ourique.
Jardim da Parada
O Jardim da Parada é um espaço encantador que oferece um verdadeiro refúgio em meio à natureza. Com suas belas plantas, árvores frondosas e áreas de lazer é o local ideal para relaxar e apreciar a tranquilidade. Além disso o jardim promove atividades culturais e eventos que aproximam a comunidade, tornando-se um ponto de encontro vibrante. Vem conhecer e desfrutar de momentos especiais nesse belo espaço verde.
Antigo Cinema Europa
O Antigo Cinema Europa foi um marco cultural que trouxe à cidade variedade de filmes icônicos e experiênciasográficas memoráveis. Com sua arquitetura charmosa e atmosfera acolhedora, o cinema se tornou um ponto de encontro para amantes da sétima arte. Ao longo dos anos, o Europa exibiu clássicos e produções independentes, contribuindo para diversidade cultural da região. Hoje, suas lembranças continuam a inspirar novas gerações cineastas e espectadores.
Mercado de Campo de Ourique
O Mercado de Campo de Ourique foi inaugurado em 1934. Passou por duas remodelações significativas, em 1991 e 2013. É hoje um espaço que combina bancas tradicionais de produtos frescos, como frutas, hortaliças, peixe, carne e charcutaria, com áreas modernas de gastronomia e lazer. Apesar da modernização, mantém a sua função original de Mercado Municipal, com uma oferta diária de produtos frescos, especialmente pela manhã.
O mercado é um ponto vibrante de encontro, onde a tradição se mistura com a inovação. Além das bancas de alimentos, oferece várias opções de refeições e entretenimento, atraindo tanto moradores quanto visitantes do bairro. Ali têm lugar eventos culturais e festivais, como de vinhos, cervejas, gins e enchidos, com regularidade.
Para além da área alimentar podemos ainda encontrar bancas de flores, artigos de jardinagem, roupa infantil e acessórios de moda. O mercado também oferece serviços como engomadoria, costura, reparação de calçado, cabeleireiro e podólogo.
O Mercado de Campo de Ourique é, pois, um vibrante centro de lazer e comércio.
AQUI FOI MAR
O geomonumento "Aqui foi mar há 20 milhões de anos" está situado na Rua Sampaio Bruno. Este afloramento de calcário contém fósseis de briozoários, pequenos invertebrados marinhos que formavam colónias semelhantes a recifes. Há cerca 20 milhões de anos, durante o período Miocénico, esta região estava submersa por um mar de água tépidas e límpidas, propícias ao desenvolvimento desses organismos.
Cemitério dos Prazeres e Jazigo dos Duques de Palmela
Após a cidade de Lisboa ser atingida por uma epidemia de cólera em 1833, houve necessidade de se construir grandes cemitérios. É nesse contexto que surge o Cemitério dos Prazeres.
Encontrando-se perto dos bairros residenciais de famílias abastadas, cedo se tornou o cemitério da aristocracia e da burguesia lisboetas do século XIX. A vasta maioria dos jazigos são de caráter particular, sendo disso um notório e emblemático exemplo o jazigo dos Duques de Palmela.
Mandado construir em 1847 por D. Pedro de Sousa e Holstein, 1º Duque de Palmela, e projetada por Giuseppe Cinatti, era à data o maior mausoléu privado na Europa.
A estrutura piramidal, característica do revivalismo egípcio no século XIX, e a imponente estátua de uma figura feminina, simbolizando a “Fé” e segurando um livro e as chaves do paraíso, impõem-se como uma espécie de cemitério privado dentro de um cemitério público.
No seu interior, esculturas como a representação da “Dor”, da autoria de Célestin Calmels, e várias obras de Teixeira Lopes e Araújo Cerqueira, no pequeno altar da capela, demonstram a riqueza e ostentação desta família.
Igreja do Santo Contestável
A Igreja do Santo Condestável, localizada em Campo de Ourique, é um relevante exemplar da arquitetura religiosa portuguesa do século XX. Criada em 1946 por Vasco Regaleira e aberta ao público em 1951, faz parte do movimento das “Novas Igrejas”, que se destaca pela fusão de inovações modernistas com elementos revivalistas, principalmente do estilo neogótico.
No interior da igreja guardam-se as relíquias de D. Nuno Álvares Pereira, conhecido como Santo Condestável, que se encontram protegidas num túmulo relicário executado por Domingos Soares Branco, em 1953. Os principais atrativos artísticos são os vitrais de Almada Negreiros, que enfeitam os altares laterais com representações da fé de D. Nuno em Cristo e na Virgem Maria, assim como os painéis de azulejos, da autoria do mestre Jorge Colaço, retratando cenas da vida do Santo.
As obras de Leopoldo de Almeida, na fachada principal, introduzem a essência espiritual do templo.
D. Nuno Álvares Pereira, canonizado São Nuno de Santa Maria, constituiu uma figura histórica de significativa relevância para Portugal. No período da crise de 1383-1385, teve um papel crucial na proteção da independência relativamente a Espanha.
Construída entre 1779 e 1790, por arquitetos da Escola de Mafra, em resultado de uma promessa feita pela Rainha D. Maria I, possui características do Barroco final e do Neoclássico.
A fachada apresenta duas torres gémeas, sendo decorada, ao centro, com um relevo representando o Sagrado Coração de Jesus, com estátuas de santos e figuras alegóricas, da autoria do escultor Joaquim Machado de Castro – considerado um dos melhores escultores europeus do período Barroco - e dos discípulos.
O amplo interior, de mármore cinzento, rosa e amarelo, iluminado por aberturas na cúpula, apresenta pinturas de Pompeo Batoni.
No seu interior são ainda de destacar o túmulo, estilo império, de D. Maria I; um monumental presépio, composto por mais de 500 figuras de cortiça e terracota, elaborado por Machado de Castro, baseado em cenas bíblicas e do quotidiano, sendo o primeiro a incluir a adoração dos três reis magos; e dois órgãos do final do século XVIII, ambos construídos pelo organeiro António Xavier Machado e Cerveira.
Basílica da Estrela
Jardim da Estrela
Jardim projetado pelo arquiteto paisagista francês Jean-Charles Moreux e inaugurado pela Rainha D. Maria I, em 1842. Fez parte de um projeto de urbanização da zona em torno da Basílica da Estrela, uma das igrejas mais importantes da cidade e que constitui uma das principais atrações turísticas do bairro.
Ao longo dos anos, este jardim romântico passou por várias modificações e melhorias. Hoje apresenta-se como um dos mais emblemáticos jardins de Lisboa.
Com uma área de cerca de 4,5 hectares, é conhecido pelo seu paisagismo bem cuidado e pela grande variedade de flora que ali podemos encontrar: árvores de grande porte, palmeiras, plantas aromáticas e medicinais, catos e muito mais, numa simbiose entre plantas tropicais, mediterrânicas e de outras origens, adaptadas ao clima de Lisboa.
O jardim possui várias áreas temáticas, como canteiros floridos, zonas de arbustos, árvores imponentes e até um pequeno lago com patos.
Para além da diversidade da sua flora, o Jardim da Estrela possui igualmente uma série de elementos arquitetónicos e culturais, tais como a sua fonte central, um coreto, diversa estatuária e um magnífico pavilhão de chá.
Igreja de Santa Isabel
A sua construção teve início em 1742 e reflete uma combinação entre diferentes estilos artísticos: Barroco, Pombalino e Neoclássico.
O edifício passou por diversas reformas, particularmente após o terramoto de 1755 que exigiu reparos significativos. Em 1991, a igreja foi submetida a uma grande obra de restauro para preservar a sua estrutura e detalhes artísticos.
A fachada da igreja é uma expressão do estilo barroco, com elementos ornamentados e uma aparência imponente. O interior apresenta influências pombalinas, caracterizadas por uma decoração mais sóbria e simétrica. A capela-mor, com as suas colunas e frontões, exibe o estilo neoclássico, adicionando grandiosidade ao espaço.
Além de ser um local de culto, a Igreja de Santa Isabel desempenha um papel vital na comunidade de Campo de Ourique. Historicamente, a igreja tem sido um ponto de encontro social. Na atualidade, a igreja continua a promover a interação social através de eventos culturais e gastronómicos, como feiras de alimentos e programas de caridade que distribuem refeições aos mais necessitados. Estas atividades fortalecem os laços comunitários e mantém viva a tradição de compartilhar alimentos.
AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES
O Aqueduto das Águas Livres é uma das obras mais emblemáticas da engenharia hidráulica portuguesa e um símbolo da cidade de Lisboa. Com 58 kms de extensão, a sua construção teve início em 1736, durante o reinado de D. João V, com o intuito de resolver o problema de fornecimento de água potável à cidade, que até então dependia de fontes naturais e sistemas de captação mais rudimentares, que se revelavam insuficientes, particularmente em períodos de seca. Entrou em funcionamento no ano de 1748, mas a sua ampliação continuou durante o século XIX. O seu funcionamento prolongou-se até 1968, ano em que foi desativado.
O projeto, que envolveu a participação de alguns dos mais prestigiosos engenheiros e arquitetos desse período, como António Canevari, Manuel da Costa Negreiros e Manuel da Maia, apresenta características estilísticas barrocas e neoclássicas, tendo, como ponto estrutural mais relevante, o arco das águas livres, com mais de 65 metros de altura, que atravessa o Vale de Alcântara e constitui um dos maiores e mais impressionantes arcos de aqueduto no mundo.
